A Nissan rejeitou uma fusão proposta com a Honda, citando termos desfavoráveis que o tornariam uma subsidiária e não um parceiro igual, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto. A medida lança incerteza sobre o futuro da Nissan, pois enfrenta desafios crescentes nos mercados dos EUA e da China. A decisão também ressalta a luta contínua da Nissan para encontrar um caminho sustentável em meio a dificuldades financeiras e mudanças na indústria para veículos elétricos e autônomos.
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Um acordo foi azedado
Em dezembro, a Nissan e a Honda anunciaram planos de combinar seus negócios sob uma única holding, uma medida que os tornaria a terceira maior montadora do mundo ao incluir a Mitsubishi Motors. No entanto, desenvolvimentos recentes destacaram que as duas empresas tinham visões diferentes para a parceria.
Honda
A Honda supostamente propôs uma estrutura atualizada que colocaria a Nissan sob seu controle, em vez de formar uma aliança de iguais. O conselho da Nissan achou os novos termos inaceitáveis, levando à decisão da empresa de se afastar do acordo.
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Reação do mercado e lutas da Nissan
O mercado de ações reagiu rapidamente às notícias. As ações da Nissan caíram quase 5%, enquanto as ações da Honda saltaram mais de 8%, refletindo o sentimento do investidor que a fusão teria beneficiado a Nissan mais que a Honda.
A rejeição do acordo coloca pressão adicional sobre a Nissan para provar que pode competir em um mercado cada vez mais difícil. A montadora está perdendo terreno nos EUA e na China, dois dos mercados automobilísticos mais importantes do mundo. Em resposta a seus problemas financeiros, a Nissan anunciou em novembro que cortaria 9.000 empregos e reduziria sua capacidade de fábrica em 20%.
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Confrontos culturais e desafios estratégicos
Além das preocupações financeiras, as diferenças culturais entre as duas montadoras também contribuíram para o ceticismo em torno da fusão. A Honda é tradicionalmente liderada por engenheiros, enquanto a Nissan favorece os executivos com formação de vendas, geralmente da Universidade de Tóquio, The Wall Street Journal relatado. Essas diferenças levantaram preocupações sobre o quão suave as empresas poderiam integrar operações.
Ambas as empresas têm uma forte presença no mercado dos EUA e produzem veículos semelhantes. Eles planejaram economizar custos compartilhando peças e designs de veículos, mas os principais detalhes sobre o racionalização de suas operações americanas permaneceram incertas.
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O que vem a seguir para a Nissan?
Em um comunicado, a Nissan disse que, embora nenhuma decisão final tenha sido tomada, uma opção em discussão foi eliminar seu acordo de dezembro com a Honda. Ambas as empresas confirmaram que as discussões estavam em andamento e esperavam anunciar suas intenções avançando em meados de fevereiro.
Nissan
A capitalização de mercado da Nissan é significativamente menor que a da Honda, dando menos alavancagem nas negociações. Alguns especialistas argumentaram que a Nissan deveria ter percebido desde o início que uma parceria igual com a Honda era improvável.
A empresa também enfrenta riscos externos, incluindo o aumento dos custos se o presidente Trump continuar com seus planos de tarifas em bens feitos em mexico. A Nissan fabrica mais veículos no México do que em qualquer outro país, tornando -o particularmente vulnerável a mudanças na política comercial.
Pensamentos finais
Embora a decisão de rejeitar os termos da Honda possa dar à Nissan alguma autonomia, deixa a empresa em uma encruzilhada. Ainda não se sabe se ele pode encontrar um caminho alternativo viável. Se as negociações de fusão cairem, a viabilidade a longo prazo da Nissan é um ponto de preocupação crescente.
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